Que pensamento profundo o que está hoje no site do golfinho (http://www.golfinho.com.br/):
Pensamento do dia 28/10/2010
"A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes."
Albert Einstein
Permite diversas leituras: da perspectiva econômica, da social etc., mas me chamou atenção a perspectiva que relaciona a nossa criança interior e a satisfação no trabalho (ops! Assunto muito, muito delicado e extremamente espinhoso!)
Bem, mas foi isso que pensei. Relaciono a criança interior à capacidade criativa e a nossa motivação para a vida profissional (existe para outros aspectos da vida familiar, pessoal, afetiva, social?). Vida essa que pode durar muuuuuito tempo (mais de 30 anos se for no serviço público). Praticamente a vida toda, porque depois disso dispomos de alguns anos para curtir a vida e olhe lá... (Eu sei, estou um pouco otimista. Depois explico isso.)
Então, retomando, motivação para a vida. Em outras palavras, viver uma vida que faça sentido, trabalhar em algo que faça sentido.
E aí, é preciso aquela criança interior criativa, portanto capaz de pensar em soluções para os problemas que surgem, capaz de fazer "com cinco ou seis retas (...) um castelo", capaz de indagar e de teimar. A criança interior que é motivada para explorar o mundo, para descobrir e aprender, de sorrir diante de quedas e dos próprios erros, enfim motivada para viver.
Bem, aí essa criança cresce e se torna uma adulta. Deseja ser independente financeiramente, ter uma casa, um carro, um padrão de consumo satisfatório, enfim, trabalha para progredir na vida.
Chega um momento dessa vida adulta que se instala uma insatisfação. Torna-se difícil rir dos próprios erros. É desnecessário propor soluções, é preferível seguir padrões estabelecidos. É preciso se comportar com "armaduras", ter diferentes personagens. Diante de tantos argumentos repressores e reprovadores, e diante de aspectos negativos e doentios da natureza humana (o aspecto sombra) expressas nas interações pessoais, vamos secando, definhando e nos tornando medíocres.
Então, não adianta um bom salário com um bom padrão de consumo. Progresso. A criança interior está infeliz. Tal como um pássaro em uma gaiola de oura. A criança interior precisa de liberdade para sonhar e recriar a vida, a fim de o adulto ser mais autêntico, satisfeito e, consequentemente, produtivo. Afinal de contas, nossa capacidade criadora e produtiva sempre deveria ser vista como inerente a nossa existência. E assim, trabalhar nunca deveria ser considerado uma condenação, e maldição, exploração e escravidão. Assim gostaria que fosse. Minha criança interior sonha!
"Há um passado no meu presente, um sol bem quente lá no meu quintal..." (Bola de meia, bola de gude)
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